quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Os dois lados de Amsterdã

10 nov 2012 | por em Viagens às 10:32
 Os dois lados de Amsterdã1 Sentei ao lado de um casalzinho em lua de mel. Fizeram uma breve saudação e se limitaram a conversar entre si, mas eu sentia que em breve os dois compartilhariam comigo toda aquela felicidade. E não deu outra, logo após a decolagem o maridão puxou papo perguntando o que eu ia fazer em Amsterdã.
- Vou lá dar uma olhada nos puteiros.
E antes que eu pudesse emendar a frase dizendo que também visitaria alguns museus, eles fecharam a cara. Nem me deram a chance de explicar que Amsterdã é uma cidade capaz de oferecer roteiros bem contraditórios. Se por um lado há a lasciva visão das meninas do Bairro da Luz Vermelha e a ebriedade dos cannabis coffee shops, por outro há a complexidade da respeitada erudição que atrai as pessoas para o Velho Mundo.
Em geral lados tão distintos não se misturam, mas aos que se propõem a compreender a bela capital dos Países Baixos é preciso lidar com esse contraste. Basicamente ser capaz de transitar com naturalidade entre as atrações habituais de uma viagem à Europa e atividades de caráter mais liberal.
E lá estava eu – em Amsterdã - diante de todas essas possibilidades.

Imigração do Aeroporto Schiphol. Brasileiros não precisam de visto para entrar nos Países Baixos, mas isso não significa que tudo é lindo e acessível. Há uma lista de documentos e comprovações que o viajante precisa trazer (veja aqui). Não quer dizer que essas coisas serão cobradas. Pode ser que o funcionário da imigração apenas carimbe seu passaporte e pronto. No entanto, se eles pedirem, é preciso estar preparado.
No meu caso o cara pediu – além de passaporte válido – comprovantes de reserva de hospedagem e o saldo do cartão Visa Travel Money. Ele fez ainda algumas perguntas. Fui claro e objetivo nas respostas. Sem piadas, sem alongar a conversa, a melhor maneira de lidar com a imigração.
Recebi o carimbo no passaporte e fui para o saguão em busca de um banheiro. Tinha saído de São Paulo e a temperatura lá estava na casa dos 25 Celsius, belo contraste com o -1 em Amsterdã. Por isso precisava colocar uma roupa de frio para poder encarar o percurso até o albergue.
E se em todo esse relato há algum conselho que preste, ele seria “não subestime o frio”. Leve roupas ou leve dinheiro para comprar roupas, mas se prepare. Estar despreparado para o clima vai – em português claro – foder com sua viagem. Devidamente agasalhado, segui até o balcão de informações turísticas para pegar um mapa.
Sair do aeroporto é simples, o sistema de metrô deles é muito bom. A estação fica dentro do aeroporto e se você não achar seguindo as placas é porque está bêbado. Saber qual trem pegar também é fácil, tudo muito bem sinalizado. Paguei 3,80 euros num tíquete de viagem única até o centro. Há outras maneiras de fazer o translado, seja de táxi, ônibus ou van. No entanto, o metrô é confortável e barato, valendo à pena até mesmo para quem chega com muita bagagem.
Em quinze minutos o vagão parou na Amsterdam Centraal. A estação em si é uma atração turística, um belo prédio construído no final do século XIX.
 Os dois lados de Amsterdã
Vista lateral da Amsterdam Centraal
É fácil achar a saída do edifício, porém procurar o albergue nas ruazinhas apertadas é mais complicado. O que facilitou achar a hospedagem foi uma pré-pesquisa no Google Maps. Lá é possível ver mais ou menos que direção caminhar e se você souber usar uma bússola fica mais fácil ainda (é nerd, mas útil).
E eis que me vejo em frente ao The Flying Pig Downtown Youth Hostel, a hospedagem mais fumacenta na qual já estive. Optei por albergues porque é mais fácil conhecer pessoas e os preços são decentes. Hotéis são mais caros e em geral a interação é zero. Para quem vai em grupo tudo bem, mas sozinho a aridez do hotel pesa.
Paguei cerca de 25 euros por diária num quarto para quatro pessoas, banheiro compartilhado. Escolhi a parte de cima do beliche e dividi o espaço com um casal de canadenses que trepava ruidosamente a noite inteira.
Aliás, cabem agora algumas observações sobre ficar num quarto compartilhado. A interação vale o esforço, mas o tipo de situação oferece uma série de pequenos problemas que você deve ter no mínimo bom humor para encarar.
As possibilidades são quase infinitas, mas em geral o que pesa é o barulho e a falta de privacidade. Em relação aos ruídos não é raro que alguns albergues organizem festas sonoras ou que seus colegas de quarto decidam conversar até tarde da noite bem ao lado da sua cama. No meu caso extremo há até a possibilidade de se esbarrar com um casal fogoso.
Sobre a privacidade o máximo que se consegue é guardar a mala num locker (traga seu próprio cadeado) e trancar a porta do banheiro. Dar uma cagada pode ser aterrorizante e isso sem mencionar a possibilidade real de pegar um colega que fume dentro do quarto.
Enfim, albergue é para quem sabe lidar bem com questões como essa. E se você é capaz disso vai aprender muito sobre convivência e em especial sobre tolerância.
Banho tomado, mala guardada no locker. Quase três da tarde e o sol já descia desanimado no horizonte. O inverno é dureza, mas a experiência é única para quem topa encarar o clima com coragem.
Fui em direção ao meu primeiro objetivo na cidade, o tal Rijksmuseum (14 euros). Fui à pé mesmo, contemplando os prédios e seguindo o mapa. Em Amsterdã a maioria das atrações é próxima e caminhar – além de econômico – é a melhor maneira de conhecer a cidade. Esbarrei com a Praça Dam e olhei rapidamente o Palácio Koninklijk com a fachada escondida por andaimes. Fazia uma friaca cruel, uns pingos de chuva gelados.
Já na entrada do museu uma pequena fila para entrar, mas a espera foi de boa. Tinha até alguém distribuindo chocolate quente grátis. O Rijksmuseum é um grande passeio para quem deseja conhecer as obras de alguns dos principais artistas neerlandeses, incluindo RembrandtVermeer. Para os brasileiros há um extra bem interessante: a presença do quadro de Frans Post o qual mostra as ruínas da Sé de Olinda, em Pernambuco. Cabe lembrar que o prédio do museu em si é digno de nota. Ele foi construído por Pierre Cuypers, o mesmo arquiteto que criou a Amsterdam Centraal e vale a atenção.
 Os dois lados de Amsterdã
A fila de entrada no Rijksmuseum
O tempo andando pelo museu rebateu o cansaço das horas de voo e a fome finalmente apareceu. Resolvi estrear o rango num restaurante distante de qualquer ponto turístico. Vaguei cerca de meia hora e achei um com preço razoável para os padrões de Amsterdã. A cidade é uma das mais caras da Europa para os viajantes. Escolhi um prato com croquete acompanhado de arroz e salada. A refeição ficou em 15 euros.
Engraçado que depois descobri que o McDonalds deles tem um tal de McKroket, o qual julgo em minha pobre tradução ser um sanduba de croquete. Eu experimentei e não é nada mau. Paguei 1,50 euros (só o sanduíche). E antes que alguém me chame de viajante ignorante - fazendo com que eu experimente do meu do próprio veneno – esclareço minha casual opção pelos fast foods: eles são baratos. Quem viaja com grana contada não pode fazer todas as refeições em restaurantes. Por mais que se encontre um deles muito barato sempre será mais dispendioso se comparado à comida de rua ou alguns fast foods. Por isso vario as refeições entre caro (restaurante) e barato (fast food). É uma boa maneira de manter o orçamento equilibrado.
Voltando à narrativa, jantei e segui para o albergue. Fiquei jogando sinuca com uns caras, entre eles dois brasileiros. Era o esquenta para a primeira noite em Sodoma. Lá pela meia-noite já estávamos num bom grupo e resolvemos sair para explorar o De Wallen, o famoso Bairro da Luz Vermelha.
Eram nove pessoas, três do Brasil e o resto gringos da Alemanha e Austrália. Procuramos primeiro por um bar com chopp barato, se não me engano conseguimos um por 2 euros o copo garotinho. É fácil encontrar o melhor preço, os bares afixam placas com os valores logo na entrada.
Depois do esquenta seguimos para um coffee shop porque parte do pessoal queria fumar maconha. Achar um lugar desses é simples demais, estão por toda parte. O ambiente era pequeno e ficamos numa mesa lateral, alguns em pé. O cardápio oferece o valor por grama e há diversos tipos de erva, algumas mais puras e eficientes, outras mais fracas. Os preços começam em cerca de 3 euros o grama da mais básica. Calcule a quantidade de pessoas e forme um baseado do tamanho adequado, não vai sair caro. A potência de cada erva está verdadeiramente relacionada ao seu preço. O melhor é fumar numa escala crescente para ir testando.
Depois da recreação saímos e vagamos pelas ruas do Bairro da Luz Vermelha olhando as vitrines que exibiam as prostitutas. A maioria das meninas é realmente muito bonita, olhos azuis, corpos esbeltos e seios grandes, estilo Leste Europeu. O valor é praticamente padrão, 50 euros por 15 minutos de prestação de serviço. As vitrines são na verdade portas de vidro que guardam um cubículo com uma cama de casal. Tudo é feito no cubículo mesmo, elas só fecham as cortinas e pimba.
Pouca gente tira fotos do De Wallen durante a noite. Nosso grupo tinha duas mulheres que conhecemos no albergue e por diversas vezes vi as prostitutas as hostilizando. Uma até tentou sair da vitrine para tomar satisfações, mas ninguém conseguiu entender realmente porque aquela reação.
Por causa disso as duas garotas voltaram para o albergue. Os caras decidiram então ir a um night club. Entrada a 5 euros, um segurança bravo na porta e todas as garçonetes trabalhando nuas. O chopp era um roubo, mas como em todo lugar do tipo era de bom tom comprar pelo menos um para ficar bebericando enquanto as meninas dançavam no balcão. Por no mínimo 10 euros era possível sentar num dos bancos e ganhar uma dança regada a muitas esfregadas, mordidas no pescoço e peitos na cara. Quem pagava mais de dez ganhava uma dança mais ousada, proporcionalmente ao valor pago. Porém, não podia se mexer ou fazer algo sem que as moças claramente mandassem. Um dos caras do grupo ficou doido em uma das dançarinas e propôs algo a mais. E foi aí que descobrimos algo básico: as dançarinas em geral não são prostitutas.
O que dizer do Red Light? Lá pelas tantas, segurando meu copo de cerveja, vendo mulheres lindas dançando no balcão e comentando com os caras como elas eram gostosas. Parecia um filme de gangster. Andar pelas ruas de madrugada com tudo aquilo acontecendo em volta, os coffee shops fervendo e todo mundo exaltado. As risadas são altas demais, as cores fortes demais, tudo é intenso. O Red Light na verdade transmite uma sensação enorme de estar vivo. Uma sensação nostálgica de lembrar de uma juventude que – mesmo eu ainda não tendo perdido – já sinto saudades.
Cheguei de volta ao albergue às cinco da manhã e por causa da noitada meu dia seguinte começou mais tarde, às 11 horas. Já segui direto para o almoço e escolhi um restaurante com cara de bar, mais uma vez afastado das ruas principais. Dois senhores já tomavam uma bela Heineken e eu os acompanhei. Derrubei um sanduíche histórico (8 euros) e um tira-gosto feito de arenque cru. Não sou enjoado com comida, porém os mais criteriosos podem achar o sabor do peixe marcante demais.
Terminada a refeição experimentei vagar à pé pelas imediações para observar os canais. Eles são ferramentas de planejamento urbano responsáveis pela própria existência de Amsterdã. A cidade é muito bem localizada geograficamente e deve isso – além de seu nome de batismo – ao rio Amstel. No entanto o vai e vem das águas foi sempre uma ameaça às construções. Por isso desde sua ascensão como centro econômico dos Países Baixos fez-se necessário a concepção de canais para que as águas fossem controladas.
 Os dois lados de Amsterdã
Um dos muitos canais de Amsterdã
Me distraí por muitos minutos observando os canais. E foi nessa distração que me deparei sem querer com uma placa indicando o Museu da Anne Frank ou Casa de Anne Frank (9 euros). Era um local que eu desejava visitar e aproveitei para ir até lá. Quem curte ler sobre a II Guerra Mundial sabe sobre o assassinato em massa de judeus. Anne Frank foi uma menina judia que morreu nesse contexto histórico. O caso é que antes de ser levada a um Campo de Concentração, ela ficou escondida dentro de uma casa em Amsterdã. Nesse tempo a garota escreveu um diário, leitura obrigatória para quem se interessa pelo assunto. O museu em suma é uma visita à casa em que ela esteve enquanto estava fugindo dos nazistas. Vai prestar muito esse passeio se o viajante estiver à par da biografia dela.
 Os dois lados de Amsterdã
Detalhe da placa da Casa de Anne Frank
Voltei à Praça Dam, dessa vez com mais calma. Tirei algumas fotos e observei os artistas de rua. Segui então à pé para o Museu Van Gogh (14 euros). Sempre gostei desse artista e não há melhor local no mundo para ver suas obras, uma vez que na Holanda ele está em casa. Ao contrário do Rijksmuseum, aqui os quadros são mais conhecidos do senso comum. Estar diante de uma obra-prima já é uma experiência sensacional, mas um quadro do Van Gogh tem texturas que só quem vê de perto consegue entender. Quando me deparei com o quadro Campo de Trigo com Corvos entendi porque me dispusera a viajar tantos quilômetros para visitar Amsterdã. Deixei o museu e avistei ao longe a bela fachada do Concert Gebouw, a casa de concertos mais prestigiada da capital. O desenho do edifício foi inspirado na Gewandhaus, outro famoso prédio de concertos localizado em Leipzig e infelizmente destruído durante os bombardeios da II Guerra Mundial.
 Os dois lados de Amsterdã
A prestigiada Concert Gebouw
Encontrei também a famosa placa I Amsterdam. Trata-se do símbolo de uma secretaria que promove o turismo na cidade. Eles oferecem também o I Amsterdam Card, um cartão turístico que garante entrada em diversas atrações, uso de transporte público e descontos em restaurantes. É possível comprá-lo em diversos locais. Uma vez que meu objetivo era visitar três museus e andar muito, quando calculei o custo benefício o cartão ficou mais caro, ainda mais porque dois dos museus que eu queria ver (Anne Frank e Rijksmuseum) não estavam incluídos na lista. Muitas cidades possuem cartões do tipo e o segredo é fazer justamente isso: ver se os benefícios que eles oferecem calham com o que você quer ver.
 Os dois lados de Amsterdã
A famosa placa I Amsterdam
Fui dar uma olhada também na antiga fábrica da Heineken, agora um museu. Eu não encarei, não é meu tipo de passeio. No entanto, consegui entrar na loja de souvenirs e comprar uma encomenda para uma colega. Depois visitei duas igrejas, a St. Nicolaas (de graça) e em seguida a Oude Kerk (5 euros). A Oude é mais famosa e tem uma atração a mais. Bem ao lado da igreja – no chão da Praça Oudekersplein – há uma escultura em bronze de uma mão apalpando um seio. Foi deixada lá por um artista anônimo e acho que deve ser algo associado ao Bairro da Luz Vermelha, pois a Oude Kerk fica bem próxima de lá.
 Os dois lados de Amsterdã
Abóbada da Igreja St. Nicolaas
E nisso o dia findou. Voltei para o albergue para dar uma relaxada, comi o McKroket num McDonalds logo ao lado e bebi alguns chopps com parte da galera que tinha conhecido antes. Parte deles tinha ido embora, mas outros novos chegaram. A convivência entre os viajantes às vezes dura só algumas horas.
Ainda quebrado por causa da noite anterior, resolvi dormir logo para começar o mais cedo possível meu terceiro e último dia em Amsterdã. E não fosse o fogoso casal de canadenses eu teria dormido até melhor…
Utrecht
O plano era visitar uma cidade próxima chamada Utrecht. Nem sabia da existência desse lugar, mas conversando com outros viajantes no albergue soube que seria um local legal de conhecer em poucas horas.
Segui para a Amsterdam Centraal para pegar o trem. Nisso – já lá dentro da estação – vi uma loja de chocolates chamada Leonidas. Comprei duas barrinhas para experimentar (1 euro) e esse foi meu café-da-manhã. Muito bom o chocolate, até voltei na loja para comprar mais algumas barras e bombons para dar de presente.
O trem leva meia hora para chegar à Utrecht. Paguei 13 euros pela passagem de ida e volta para o mesmo dia. Sem perda de tempo, comecei a vagar. O grande marco arquitetônico da cidade é uma torre muito alta e antiga chamada Dom. São 630 anos de idade e uma altura de 112 metros. Logo ao lado da torre fica a Igreja Sint-Martinus. À princípio pensei que eram construções distintas, mas na verdade a torre e a igreja faziam parte de um mesmo edifício. Acontece que a nave que ligava as duas desabou no século XV, separando-as. Subir na Torre Dom valeu muito à pena porque a vista é incrível. Custa 8 euros e prepare as canelas e os pulmões para percorrer os 465 degraus.
 Os dois lados de Amsterdã
A torre da Dom de Utrecht
Caí então para as proximidades do Oudegracht (velho canal) para achar um bom local para comer. Há muitos cafés e restaurantes por ali e é possível passear de barco. Eu não estava com muita fome e só tomei mesmo um café com biscoitos. Foi legal para poder observar o vai e vêm das bicicletas, os bebês protegidos do frio por umas bolhas de plástico. Olhando assim os holandeses parecem pessoas descontraídas e trabalhadoras. Aqueles com os quais topei me trataram com cordialidade. Difícil falar que todo um povo é simpático, mas no meu caso felizmente tive contato com pessoas legais.
Perambulei mais um pouco por Utrecht e voltei para Amsterdã. Eram quase duas da tarde e a fome finalmente chegou. Escolhi um kebab próximo à estação, paguei 5 euros por um rango bem forrado acompanhado de batatas fritas. Nisso apareceu um casal que conheci no albergue, uns peruanos. Eles iam ao Museu de Cera da Madame Tussauds e fui gentilmente convidado. Confesso que relutei em aceitar, já até tinha visto o museu durante minha passagem pela Praça Dam e parecia um programa sem noção ficar vendo estátuas de cera. Quando vi a fila da entrada então… Mas eles estavam sendo simpáticos e a conversa seguia fácil e agradável. Além disso, eu não queria mais ver igrejas ou museus, resolvi arriscar.
Paguei 18 euros pela entrada e curti as estátuas porque elas são muito reais, têm até brilho nos olhos! O legal é ficar parado em algum canto fingindo, as pessoas acabam achando que você é uma estátua também. Gostei muito da vista que o museu oferece. De lá é possível ver a Damrak com a Amsterdaam Central ao fundo e a Praça Dam.
 Os dois lados de Amsterdã
Damrak vista do interior do Museu Madame Tussauds
Voltamos ao albergue e logo outro grupo se formou. Era minha última noite na cidade. Achamos um bar chamado Big Shots, todo mundo tomando cerva choca. Lá pelas tantas o bar inteiro começou a cantar uma música incompreensível e a gente acompanhava com as canecas levantadas sem entender porra nenhuma. Mais uma noite e tanto. No dia seguinte eu pegaria um trem para a França e assim terminava minha incursão na capital dos Países Baixos.
Amsterdã será sempre para mim um local onde aproveitei ao máximo minha juventude. Estive lá sozinho, conheci pessoas legais e experimentei uma sensação extraordinária de liberdade. Foram só três dias no curso da minha vida, mas três dias impossíveis de esquecer.
Pedro Schmaus
Resumo dos gastos
Passagem Guarulhos-Amsterdã: cerca de 800 euros pela KLM.
Trem do aeroporto ao centro: 3,80 euros.
Diária no The Flying Pig Downtown Youth Hostel: 25 euros em quarto quádruplo.
Entrada no Rijksmuseum: 14 euros.
Refeição em restaurante longe da rua principal: 15 euros.
Almoço: somando a cerva, o sanduba e o arenque ficou em 16 euros.
Museu da Anne Frank: 9 euros.
Museu Van Gogh: 14 euros.
Jantar: um McKroket mais refri ficou em 3 euros.
Café da manhã: duas barrinhas de chocolate Leonidas, 2 euros.
Passagem para Utrecht: 13 euros ida e volta.
Almoço: kebab por 5 euros.
Museu Madame Tussaud: 18 euros.
Direto do Sedentario

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