domingo, 6 de janeiro de 2013

Cruz:o símbolo macabro do Cristianismo

Cruz: o símbolo macabro do cristianismo


Crucificação vem do latin crucifixio [crux = cruz + o verbo figere = fixar, prender].*  Foi o método de execução adotado pelo império romano, para punir crimes cometidos pelos escravos, desde o século seis antes de Cristo até o ano de 337 da era cristã, quando o imperador Constantino I aboliu esse tipo de execução, justamente por causa da veneração bizarra que um número crescente de seguidores de uma nova seita passaram a demonstrar por esse horripilante instrumento de tortura.
A pena de morte por crucificação era uma punição duríssima, pois a sentença antecipava ao réu não só que ele perderia a vida, mas que a sentiria se esvair lentamente, até o ponto em que seu corpo não conseguisse mais suportar justamente aquilo que todo organismo mais evita: a dor. E não seria uma dor inesperada e letal, mas uma dor agendada, que, uma vez tendo início, seria constante, inimaginavelmente intensa e deliberadamente infligida por mãos adestradas na técnica de impor o máximo de sofrimento pelo maior tempo possível.
O processo de execução começava com o criminoso sendo despojado de suas vestes e preso a uma coluna, para ser submetido ao flagelo, que era o açoite feito com um chicote especialmente confeccionado para esse fim. Depois o condenado era amarrado de braços abertos a uma cruz de madeira (ou a uma árvore), onde era deixado para morrer. Ali, enquanto sentia por todo o corpo a dor excruciante que o flagelo lhe havia causado, o enfraquecimento provocado pela perda de sangue e pelo sofrimento prolongado fazia o crucificado esmorecer sobre suas pernas presas e, não mais podendo suster-se de pé na cruz, ficar completamente pendurado pelos braços, com o peso do corpo a comprimir-lhe o diafragma, até não mais conseguir manter a respiração e morrer por asfixia.
As execuções tinham início no meio da tarde e se estendiam até o pôr-do-sol, uma vez que, como ditava a tradição, o executado não poderia permanecer na cruz durante a noite, pois acreditava-se que isso contaminaria a terra com a maldição que havia caído sobre o morto. Quando ocorria do crucificado ainda estar vivo pela hora do crepúsculo, os soldados romanos lhe quebravam as pernas para acelerar o processo.
A crucificação raramente era feita pregando-se o réu à cruz, mas quando esse sofrimento adicional lhe era imposto, fazia-se necessário providenciar um apoio em que o crucificado pudesse se manter sentado. Não fosse esse artifício, a morte viria rápida demais e a punição seria considerada branda. Tendo o peso do corpo sustentado por esse tipo de banquinho, o expediente de quebrar as pernas do criminoso para acelerar a morte por asfixia não surtia efeito. Assim, no caso de chegar a noite, o condenado que ainda resistisse vivo era violentamente espetado por espadas e lanças, ali mesmo na cruz, até que parasse de se estrebuchar a cada nova estocada, o que atestaria a sua morte.
Se Jesus Cristo foi mesmo executado por crucificação há dois mil anos, três coisas podem ser ditas seguramente sobre ele.
A primeira, que ele deve ter cometido um crime compatível com a sentença de morte recebida, o que, obviamente, foi omitido dos textos sagrados do cristianismo. Blasfêmia, por dizer-se filho de Deus ou por ameaçar o poder e posição dos sacerdotes e fariseus, não seria motivo suficiente para ser morto por crucificação, visto que Jesus estaria afrontando a lei dos hebreus, não a de Roma; e o governador local não iria querer gastar o seu latin com um bando de arruaceiros de um povo subjugado reclamando que alguém havia blasfemado contra o Deus deles. Os romanos, que tinham dezenas e dezenas de deuses, talvez mesmo só tivessem ficado perplexos ante a falta de fé que aquela gente demonstrava em relação ao seu próprio Deus, não deixando nas mãos dele a vingança pela blasfêmia recebida, como eles, certamente, teriam deixado.
A segunda, que ele sofreu de uma forma inimaginável antes de morrer. Eu, particularmente, lamento muito por ele e pelo fato de nossa espécie ter cometido, como ainda comete, tantos atos de barbárie contra si, e mesmo contra outras formas de vida.
E a terceira, que, independentemente do que Jesus achava que era, ou do que as pessoas que escreveram os Evangelhos achavam que ele era; independentemente do que tenham escrito, dezenas de anos depois, sobre o que ocorreu após sua morte, Jesus de Nazaré morreu naquela cruz e ainda continua morto.
É certo, também, que é impossível ignorar a multidão que diz esperar a volta do mais famoso finado de que se tem notícia. A esses eu só tenho uma coisa a dizer: vão continuar esperando.



*Fonte: Wikipedia.
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