sábado, 27 de outubro de 2012

A Religião na política e a nossa liberdade

Autora: Luciana Ribeiro dos Santos Editor: Tiago Angelo.

 Processo

 Ao longo de sua história, o Estado brasileiro esteve fortemente ligado à igreja católica, que ainda hoje luta para que sua influência seja sentida em legislações no mundo todo e particularmente em países de maioria católica, como o Brasil [1]. Apesar dessa influência, no entanto, a mesma instituição se envolveu em escândalos que colocaram em questão não apenas sua organização interna, como também suas recomendações públicas. Paralelo a esse afastamento do poder, o país veio passando por um processo longo, mas já perceptível, de laicização. Se por um lado os feriados ainda celebram Nossa Senhora Aparecida, Sexta Feira Santa e Páscoa, por outro acontecem ações como a retirada de símbolos religiosos de casas de poder, fruto de reivindicações pelo Estado Laico. A laicização do Estado não significa, no entanto, a laicização do povo. Apesar da fé não ser oficialmente considerada como o “pacote de valores obrigatórios” tanto quanto há algumas décadas, a religiosidade popular continua em alta. Com a queda da estima do catolicismo, no entanto, quem ganha destaque são as congregações evangélicas de massa, com grande apelo emocional, oratória intimista e a mesma base religiosa da nossa colonização: o cristianismo. O que talvez não esteja claro para todos os fiéis, todavia, é que essas igrejas não estão livres do caráter político que a católica teve em todos esses anos. Aliás, ouso dizer que esse caráter é mais forte, graças a um direcionamento consciente à prosperidade e ao ganho de poder. Mais do que uma opção de culto desvinculada do mercado, muitas igrejas já nascem como empresas de fé, geridas e sustentadas como uma instituição econômica. Outras se transformam para não “perder fiéis” para as primeiras que, não à toa, são muito atraentes para quem busca conforto psicológico. Nelas, o discurso convincente visa o dízimo; o dinheiro recolhido paga técnicas de oratória, gestão, marketing, programações de rádio, televisão, jantares com políticos e amizades influentes[2]; essas técnicas e contatos permitem mais discursos envolventes; esses discursos, mais dinheiro…LEIA MAIS....

 Postado por Tiago Angelo em 1. Bule Voador,Colher de Chá,Laicismo,Política,Religião

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