domingo, 31 de janeiro de 2010

Lya Luft...na edição 2148 - ano 43 - numero 3 de 20 de janeiro de 2010.

Cara... é preciso muita coragem para jogar na nossa cara: isso!!!! - Leiam o texto todo e reflitam !!!!!!

"O trabalho enobrece" é uma dessas frases feitas que a gente repete sem refletir no que significam, feito reza automatizada. Outra é "A quem Deus ama, ele faz sofrer", que fala de uma divindade cruel, fria, que não mereceria uma vela acesa sequer. Sinto muito: nem sempre trabalhar nos torna mais nobres, nem sempre a dor nos deixa mais justos, mais generosos. O tempo para contemplação da arte e da natureza, ou curtição dos afetos, por exemplo, deve enobrecer bem mais. Ser feliz, viver com alguma harmonia, há de nos tornar melhores do que a desgraça. A ilusão de que o trabalho e o sofrimento nos aperfeiçoam é uma ideia que deve ser reavaliada e certamente desmascarada.


O trabalho tem de ser o primeiro dos nossos valores, nos ensinaram, colocando à nossa frente cartazes pintados que impedem que a gente enxergue além disso. Eu prefiro a velha dama esquecida num canto feito uma mala furada, que se chama ética. Palavra refinada para dizer o que está ao alcance de qualquer um de nós: decência. Prefiro, ao mito do trabalho como única salvação, e da dor como cursinho de aperfeiçoamento pessoal, a realidade possível dos amores e dos valores que nos tornariam mais humanos. Para que se trabalhe com mais força e ímpeto e se viva com mais esperança.

O trabalho que dá valor ao ser humano e algum sentido à vida pode, por outro lado, deformar e destruir. O desprezo pela alegria e pelo lazer espalha-se entre muitos de nossos conceitos, e nos sentimos culpados se não estamos em atividade, na cultura do corre-corre e da competência pela competência, do poder pelo poder, por mais tolo que ele seja.

Assim como o sofrimento pode nos tornar amargos e até emocionalmente estéreis, o trabalho pode aviltar, humilhar, explorar e solapar qualquer dignidade, roubar nosso tempo, saúde e possibilidade de crescimento. Na verdade, o que enobrece é a responsabilidade que os deveres, incluindo os de trabalho, trazem consigo. O que nos pode tornar mais bondosos e tolerantes, eventualmente, nasce do sofrimento suportado com dignidade, quem sabe com estoicismo. Mas um ser humano decente é resultado de muito mais que isso: de genética, da família, da sociedade em que está inserido, da sorte ou do azar, e de escolhas pessoais (essas a gente costuma esquecer: queixar-se é tão mais fácil).

Quanto tempo o meu trabalho – se é que temos escolha, pois a maioria de nós dá graças a Deus se consegue trabalhar por um salário vil – me permite para lazer, ou o que eu de verdade quero, se é que paro para refletir sobre isso? Quanto tempo eu me dou para viver? Quanto sobra para meu crescimento pessoal, para tentar observar o mundo e descobrir meu lugar nele, por menor que seja, ou para entender minha cultura e minha gente, para amar minha família?

E, se o luxo desse tempo existe, eu o emprego para ser, para viver, ou para correr atrás de mais um trabalho a fim de pagar dívidas nem sempre necessárias? Ou apenas não me sinto bem ficando sem atividade, tenho de me agitar sem vontade, rir sem alegria, gritar sem entusiasmo, correr na esteira além do indispensável para me manter sadio, vagar pe-los shoppings quando nada tenho a fazer ali e já comprei todo o possível – muito mais do que preciso, no maior número de prestações que me ofereceram? E, quando tenho momentos de alegria, curto isso ou me preocupo: algo deve estar errado?

Servos de uma culpa generalizada, fabricamos caprichosamente cada elo do círculo infernal da nossa infelicidade e alienação. Essas frases feitas, das quais aqui citei só duas, podem parecer banais. Até rimos delas, quando alguém nos leva a refletir a respeito. Mas na verdade são instrumento de dominação de mentes: sofra e não se queixe, não se poupe, não se dê folga, mate-se trabalhando, seja humilde, seja pobre, sofrer é nosso destino, darás à luz com dor – e todo o resto da tola e desumana lavagem cerebral de muitos séculos, que a gente em geral nem questiona mais.
 
Lya Luft é escritora..e pode ser lida na Veja semanalmente.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Desafios do Começo...



Sky Burial...um enterro diferente !!!!!

Funeral Tibetano com Urubus.

Todos os funerais são tristes e assustadores, mas uma forma de alimentar um bando de urubus e águias com o cadáver de um familiar parece ser mais assustador ainda. Acredite se quiser, essa é a forma que alguns tibetanos budistas utilizam para “entregar” o corpo de uma pessoa morta.


O Sky Burial é freqüentemente praticado nas montanhas do Tibet, tanto por motivos religiosos como religiosos. O cadáver é colocado no topo de uma montanha e cortado em vários lugares para atrais as aves de rapina.

A maioria dos tibetanos são budistas e acreditam em renascimento. Quando uma pessoa morre, seu corpo é considerado vazio. Para os budistas, este é o último sinal de generosidade do falecido, oferecendo seu corpo para alimentar outros seres vivos.

Peido no InfraRed...

Rir é bom prá caralho...

Toda a família em Cuba se surpreendeu quando chegou de Miami um ataúde com o cadáver de uma tia muito querida.

O corpo estava tão apertado no caixão que o rosto estava colado no visor de cristal…

Quando abriram o caixão encontraram uma carta, presa na roupa com um alfinete, que dizia assim:

Queridos Papai e Mamãe.

Estou lhes enviando os restos de tia Josefa para que façam seu enterro em Cuba, como ela queria.

Desculpem por não poder acompanhá-la, mas vocês compreenderão que tive muitos gastos com todas as coisas que, aproveitando as circunstâncias, lhes envio.

Vocês encontrarão, dentro do caixão, sob o corpo, o seguinte:

12 latas de atum Bumble Bee, 12 frascos de condicionador, 12 de xampu Paul Mitchell, 12 frascos de Vaselina Intensive Care (muito boa para a pele. Não serve para cozinhar!), 12 tubos de pasta de dente Crest, 12 escovas de dente, 12 latas de Spam das boas (são espanholas),

4 latas de chouriço El Miño.

Repartam com a família, sem brigas!

Nos pés de titia estão um par de tênis Reebok novos, tamanho 39, para o Joseíto (é para ele, pois com o cadáver de titio não se mandou nada para ele, e ele fico u amuado).

Sob a cabeça há 4 pares de ‘popis’ novos para os filhos de Antônio, são de cores diferentes (por favor, repito não briguem!).

A tia está vestida com 15 pulôveres Ralph Lauren, um é para o Robertinho e os demais para seus filhos e netos.

Ela também usa uma dezena de sutians Wonder Bra (meu favorito), dividam entre as mulheres;

Também os 20 esmaltes de unhas Revlon que estão nos cantos do caixão. As três dezenas de calcinhas Victoria’s Secret devem ser repartidas entre minhas sobrinhas e primas.

A titia também está vestida com no ve calças Docker’s e 3 jeans Lee.

Papai, fique com 3 e as outras são para os meninos.

O relógio suíço que papai me pediu está no pulso esquerdo da titia.

Ela também está usando o que mamãe pediu (pulseiras, anéis, etc).

A gargantilha que titia está usando é para a prima Rebeca, e também os anéis que ela tem nos pés.

E os oito pares de meias Chanel que ela veste são para repartir entre as conhecidas e amigas, ou, se quiserem, as vendam (por favor, não briguem por causa destas coisas, não briguem).

A dentadura que pusemos na titia é para o vovô, que ainda que não tenha muito o que mastigar, com ela se dará melhor (que ele a use, custou caro).

Os óculos bifocais, são para o Alfredito, pois são do mesmo grau que ele usa, e também o chapéu que a tia usa.

Os aparelhos para surdez que ela tem nos ouvidos são para a Carola.

Eles não são exatamente os que ela necessita, mas que os use mesmo assim, porque são caríssimos.

Os olhos da titia não são dela, são de vidro. Tirem-nos e nas órbitas vão encontrar a corrente de ouro para o Gustavo e o anel de brilhantes para o casamento da Katiuska.

A peruca platinada, com reflexos dourados, que a titia usa também é para a Katiuska, que vai brilhar, linda, em seu casamento.

Com amor, sua filha

Carmencita.

PS1: Por favor, arrumem uma roupa para vestir a tia para o enterro e mandem rezar uma missa pelo descanso de sua alma, pois realmente ela ajudou até depois de morta.

Como vocês repararam o caixão é de madeira boa (não dá cupim); podem desmontá-lo e fazer os pés da cama de mamãe e outros consertos em casa.

O vidro do caixão serve para fazer um porta-retrato da fotografia da vovó, que está, há anos precisando de um novo. Com o forro do caixão, que é de cetim branco (US$ 20,99 o metro) Katiuska pode fazer o seu vestido de noiva..

Na alegria destes presentes, não esqueçam de vestir a titia para o enterro!!!

Com amor,

Carmencita.

PS2: Com a morte de tia Josefa, tia Blanca caiu doente.Façam os pedidos com moderação. Bicicleta não cabe nem desmontada e carburador de Niva, modelo 1968, aqui ninguem ouviu falar.

Via: largadoemguarapari

sábado, 23 de janeiro de 2010

Tipos de Corno..



 O que eles fazem quando pegar a mulher na cama com Outro :
PAULISTA: Vai fazer terapia.
CARIOCA: Encontra a mulher com outro na cama e se junta a eles!
CEARENSE: Agradece a Deus, pois vê que não é só ele
que pega mulher feia.
CURITIBANO: Não faz nada, pois curitibano não fala
com estranhos.
MINEIRO: Mata o homem e continua casado com a mulher,
exatamente como manda a TFM - Tradicional Família Mineira.
GAÚCHO:  Ao contrário do mineiro, mata a mulher e fica
com o marmanjo só pra ele.

PARAIBANO: Sendo o CABRA da peste que é, mata os dois e arruma outra no dia seguinte.
GOIANO: Entra em depressão, pega a viola e vai para a rua
à procura de outro corno pra montar mais uma dupla sertaneja.
PERNAMBUCANO: Pega sua fantasia e vai dançar frevo em
Olinda!
BRASILIENSE: De raiva, vai para o Congresso e inventa mais um imposto.
BAIANO: Porque esse negócio de arrumar amante,
tirar a roupa, fazer sexo, ser descoberta pelo marido, etc, dá um trabaaaaaaaalho,
dá uma canseeeeeira,dá um soooooooono…
Meu pai!!!
Copia, meu filho, daqui: http://geraligado.blogspot.com

Mercado Negro



Copia, meu filho, daqui: http://etcsa.com.br/

A Evolução do Ensino de Matemática


Por que estou contando isso? Porque me dei conta da evolução do  ensino de matemática desde 1950, que foi assim:
1. Ensino de  matemática até a década de 70:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$  100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?
2. Ensino de matemática em 1970:
Um  lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$80,00. Qual é o  lucro?
3. Ensino de matemática em 1980:
Um lenhador vende um  carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00. Qual é o lucro?
4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00. Escolha a resposta certa, que indica o  lucro:
( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00  ( )R$80,00 ( )R$100,00
5. Ensino de matemática em  2000:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo  de produção é R$80,00. O lucro é de R$ 20,00.
Está  certo?
( )SIM ( )  NÃO
6. Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um  carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$ 80,00.Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00.
( )R$ 20,00  ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00
7. Em 2010 vai ser assim:
Um lenhador vende um  carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00. Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder.
( )R$ 20,00  ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$ 100,00.
Copia, meu filho, daqui:  http://instintoretardado.blogspot.com/

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Isso È Bizarro !!!!! - o site mais f..%&#$@



Nova campanha ateísta: deixem as crianças em PAZ.!!!!!!!!



Em janeiro de 2009 a British Humanist Association lançou uma campanha ateista em ônibus públicos de Londres. A idéia deu tão certo que várias organizações atéias fizeram o mesmo em outras partes do mundo.


Pois bem, agora a British Humanist Association lançou uma campanha, ao meu ver, muito mais importante porque toca em um assunto delicado. Trata-se de uma campanha para divulgar a idéia que não se deve converter crianças a nenhum culto religioso. Os pais não devem obrigar suas crianças a seguir sua fé religiosa, essa seria uma escolha pessoal e só deveria ser feita pela criança quando ela fosse mais crescida e pudesse fazer a escolha por seguir alguma religião ou não por si mesma.

Acredito que essa campanha vai gerar muito mais polêmica do que a primeira entre os religiosos. Mas a luta é justa e vale a briga

Via: Bruxo de Santos/by fabricio_fleck in: Humanismo Secular

Corruptos em nome de Jesus !!!!!!!

O Ausente...


O Bruxo de Santos....vale a pena !!!!!

Quem matou Zilda Arns???


Vendo a matéria do Fantástico, sobre os escombros da igreja onde Zilda Arns palestrava, o que me chamou atenção foi a seguinte frase do jornalista:


“Reparem que a única parte intacta da igreja é a imagem de Jesus crucificado”

Isso me pareceu uma assinatura, saca? Do tipo “Deus esteve aqui”.

Zilda Arns foi uma senhora de respeito, uma religiosa que fez um belíssimo trabalho com a Pastoral da Criança não só no Brasil, mas pelo mundo. É uma mulher que merece nossa admiração, independente da crença ou ausência dela.

Ainda nesta edição do Fantástico, colocaram a atriz Marília Pêra para ler o último discurso da Dra. Zilda, e o discurso já começa assim:

“Amar a Deus sobre todas as coisas…”

Não é estranho que depois de um discurso cheio de louvores, esta cristã exemplar e temente a Deus tenha morrido em um terremoto, soterrada pelas paredes que deveriam servir de casa daquele que ela mais venerava?

Quem matou Zilda Arns?

Os céticos dirão: Foi um desastre natural, que por uma infelicidade aconteceu no lugar onde a Dra. estava.

Os religiosos vão arranjar todo o tipo de desculpa possível… as que mais me fizeram rir foram: “O Haiti fez um pacto com o demônio” e a clássica “Deus quis a Dra. Zilda perto dele”.

Ambas as desculpas são ridículas, mas essa de que Deus quis a Dra. Zilda perto dele foi demais… QUE SACANA!!! Quer dizer então que para levá-la para o “seu lado”, Deus precisou derrubar uma igreja em sua cabeça? E mais! Precisava matar mais de 200 mil pessoas pra isso?

Imagens de louvor a Deus, orações, ou qualquer manifestação religiosa depois de uma tragédia dessas me soa completamente hipócrita. Se Deus existe, ele é MUITO sádico, cruel e maldoso. Como se ele acordasse um dia e pensasse “Acho que hoje vou provocar uma catástrofe. Vou pegar a Indonésia e jogar um tsunami… hummm… agora vou abalar as estruturas do Haiti, eles já estão todos ferrados lá mesmo…”.

Vamos ser racionais.(Vide a localização geológica do País) Desastres acontecem, pessoas importantes morrerão nestes desastres, isso nada mais é que nosso planeta trabalhando, as forças da natureza. O que podemos fazer é lamentar a perda de uma pessoa tão querida. Tentar arranjar culpados paranormais para a tragédia é ridículo, pois o assassino seria sempre o mesmo: Deus.

Claro que sim, pois se rolasse esse pacto com o demônio que o pastor Pat Robertson diz ter ocorrido, o Onifodão deixou acontecer. E se foi Deus querendo punir de alguma forma o Haiti, por que então ele escolheu logo o momento em que uma de suas mais exemplares filhas estava presente? E se fosse apenas para punir alguém, por que então logo o Haiti? Será que aquele pobre país não tinha sido punido o suficiente?

Se Deus existe, ele trabalha de forma estranha… como os próprios religiosos dizem “Ninguém pode explicar os planos de Deus”. Só posso afirmar com certeza uma coisa: Posso não entender a maneira que ele trabalha, mas digo que ta fazendo merda.

Do que o Haiti mais precisa no momento? Os sensatos responderiam: Água, comida, material de higiene, colchões…

 Sabe o que alguns religiosos mandaram? Bíblias.

Por Cris Catupiry


(Via Bule Voador)

O oráculo de São Paulo

LEITURAS DO ESTADÃO



O oráculo de São Paulo

Por Daniel Sottomaior em 12/1/2010


Na primeira edição de janeiro, o Caderno 2 do Estado de S. Paulo presenteou seus leitores com uma página inteira de previsões feitas por três místicos para este ano. Um babalorixá, uma astróloga e um tarólogo desfiaram seu, digamos, conhecimento, respondendo às mesmas sete perguntas feitas pela coluna de Sônia Racy. O resultado, como não poderia deixar de ser, foi uma torrente de platitudes e inespecificidades, desta vez coroada com a inédita afirmação de que uma lei de Newton será violada este ano!

Apesar de ser um "jornalão", não é a primeira vez que o Estadão publica, sem qualquer constrangimento, uma matéria desse tipo. Em 2005, "O futuro segundo Quiroga" fez matéria de capa no Caderno 2, e todas as críticas que fiz àquela matéria neste Observatório (ver aqui), cinco anos atrás, continuam válidas em seus menores detalhes ao último descalabro jornalístico do Estadão. Talvez eu devesse ter entrado no lucrativo business das previsões: os místicos continuarão a ganhar dinheiro com a credulidade alheia e desta vez receberão entusiástica ajuda de jornais e jornalistas que deveriam zelar pelos princípios básicos da credibilidade das fontes e da checagem de suas afirmações.

O jornal parece que não se importa com a precisão e veracidade das afirmações de suas fontes. Ano após ano, milênio após milênio, os divinadores vêm errando espetacularmente, o que já não surpreende mais ninguém. O que deveria espantar qualquer jornalista com um mínimo de dignidade é que agora esses profissionais do erro estão embolsando credibilidade, fazendo novos clientes e inflacionando seus preços às custas da mídia que pretende se dizer crítica e investigativa.


Violação de leis naturais

Em 2005, tínhamos acabado de passar por um tsunami que não foi previsto por ninguém, mas isso não impediu a repórter de entoar loas à capacidade do astrólogo Quiroga. A matéria deste ano foi publicada no mesmo dia de uma importante tragédia em Angra, que incidentalmente por muito pouco não me custou a vida. Em ambos os casos, ninguém se lembrou de questionar o expertise de peritos que não conseguem apontar os fatos mais marcantes do ano nem quando eles estão bem diante dos seus olhos.

Em 2005, Quiroga desfilou seu saber científico negando a evolução das espécies. Desta vez, o tarólogo Teruo Yamada afirmou que acontecerá "uma outra coisa intrigante em algumas regiões do planeta: o dia será muito mais longo do que o normal (presença do Sol). Mais um motivo para as fortes ondas de calor".

Não é preciso ser grande gênio para perceber que, em cada latitude, a duração do dia depende apenas da velocidade de rotação da Terra e da posição do Sol com relação ao eixo de rotação planeta, determinada indiretamente por nossa posição na órbita de translação. Ironicamente, ambas as coisas são conhecidas e podem ser previstas com enorme precisão – não pelos místicos, claro, mas pela boa e velha ciência. A rotação da Terra, por exemplo, atualmente tem incerteza de cerca de uma parte em cem milhões.


Por isso, embora possa parecer trivial, uma variação na duração do dia de um décimo de segundo, entre um ano e outro, já representaria uma violação da lei da conservação do momento angular, uma das leis físicas fundamentais de nosso universo. Assim, a previsão do eminente tarólogo implicaria nada menos do que um milagre, que é o nome que se dá à violação de leis naturais.

"Cara eu ganho, coroa você perde"

Mais incrível ainda seria o dia ficar mais longo que no ano anterior apenas em algumas regiões da Terra, enquanto em outras permanece o mesmo! Para isso acontecer, seria preciso mudar até a geometria euclidiana, como pode constatar qualquer pessoa com uma lâmpada e uma maçã na mão. Esse é um dos problemas da suspensão de senso crítico – ou ausência, não sei – necessária para publicar semelhantes patacoadas: chega-se inevitavelmente ao vale-tudo do besteirol. Já que vamos dar crédito aos videntes, por que não passar por cima de qualquer outro resquício de lógica?

Vale a pena apontar em maior detalhe algumas das técnicas utilizadas desde sempre para incrementar a aparência de acertos das previsões. Como toda ilusão de mágica, uma vez conhecido o segredo, o truque se torna elementar. Mas nem por isso deixa de ser eficaz. Então, aqui vai um rápido manual de como acertar sempre, seguido à risca pelos profissionais da área.


Primeiro: seja generoso nas obviedades. "Vencer não será fácil" e "a vitória dependerá do empenho de cada jogador" foram as "previsões" do babalorixá para a Copa. Segundo ele, "amor, paz, compreensão e justiça são ideais que a humanidade pode perseguir". Para o tarólogo, "a intenção do nosso presidente é dar voos mais altos e deixar alguém no seu lugar".



Segundo: nunca diga nada com precisão. Em 2010, a astróloga revelou que "o que estiver por baixo será revelado", "haverá pressão sobre o regente do executivo" e "revelações de grandes corrupções [sic], retaliações e revoluções no jogo de forças. E isso se refletirá no aspecto econômico".


Terceiro: diga que uma coisa pode acontecer. Ou não. Assim você leva o crédito de qualquer jeito. Por exemplo, a astróloga afirmou que "Dilma tem a máquina a seu favor" (vide primeira regra) e "seu mapa tem bons aspectos". A seguir, lembrou que o jogo pode virar. Marina também "tem boas chances do ponto de vista astrológico", mas "suas chances são remotas". Essa é a técnica "cara eu ganho, coroa você perde". Com ela, no ano que vem basta selecionar adequadamente as citações para criar um impressionante registro de "acertos".


A promoção do misticismo

Quarto: faça afirmações infalseáveis – ou seja, que não têm como ser desmentidas. Para o babalorixá, "2010 será regido por Oxum e Oxalá, com forte influência de Ibejo e Xangô" (alguém tem como provar o contrário?). Para a astróloga, existe "uma forte tensão no céu". Para o tarólogo, "a economia tomará nova consciência sobre o dinheiro", o que quer que isso signifique.


Quinto: aposte na continuação de tendências atuais. O mundo nunca muda radicalmente de um ano para outro. "As catástrofes naturais estarão relacionadas às águas" (vide primeira e segunda regras) e "Lula continuará em alta", diz o babalorixá. Para o tarólogo, "há muita sujeira dos governantes para vir à tona" (vide primeira e quarta regras).

Sexto: consiga um jornal de renome para publicar tudo que você disser, independentemente de quão inverossímil ou auto-evidente. Isso piora a imagem dele, mas melhora a sua.

O que leva um jornal destacado a se render a tamanhas atrocidades? Como pode o padrão de jornalismo variar tão abruptamente de um dia para o outro? Ou será de um caderno para o outro? Talvez o clima de relativismo de um caderno de cultura contamine a redação de maneira tão profunda que valores como veracidade e confiabilidade deixem de ser relevantes na determinação da pauta. De qualquer maneira, a publicação de "previsões" que só fazem sentido para leitores de, digamos, determinados coloridos místico-religiosos, dificilmente se encaixa em um caderno de cultura.

Será que o fato de haver leitores interessados é razão suficiente para publicar uma matéria que atenta contra princípios básicos do bom jornalismo? Existirá algum motivo respeitável para promover misticismo sob o título de jornalismo cultural ou tudo não passou de um grande exercício de proselitismo idiossincrático que voou abaixo do radar do jornal, "sem querer, querendo"? Se essas previsões são quentes e úteis, deveriam ser utilizadas com mais frequência, e também em outros cadernos. E se não são, por que engambelar o leitor com elas?

Via:  http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=572FDS004

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Um experimento Socialista...

Coloquei este belo texto aos que sempre me xingam quando falo mal ou apenas brinco com o Luis Ignorácio, pensem bem, leiam e reflitam, pensem em todos os “programas assistenciais” e ao “dar o peixe ao invés de ensinar/propiciar a pesca”.


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Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele nunca repetiu um só aluno antes mas tinha, uma vez, repetido uma classe inteira.

Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e ‘justo’. O professor então disse, “Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas em testes”.

Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam ‘justas’. Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém repetiria. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um A…

Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam B. Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos – eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média dos testes foi D.

Ninguém gostou.

Depois do terceiro teste, a média geral foi um F.

As notas não voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por ‘justiça’ dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala.

Portanto, todos os alunos repetiram… Para sua total surpresa.

O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foram seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado.

“Quando a recompensa é grande”, ele disse, “o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável”.

Via: http://www.blogdocaipira.com/

Terror no Haiti....



Veja todas as fotos...

sábado, 9 de janeiro de 2010

A Vingança do Cliente

Toca o telefone da casa…
- Alô.
- Alô, poderia falar com o responsável pela linha?
- Pois não, pode ser comigo mesmo.
- Quem fala, por favor?
- Edson.
- Sr. Edson, aqui é da Oi, estamos ligando para oferecer a promoção Oi linha adicional, onde o Sr. tem direito…
- Desculpe interromper, mas quem está falando?
- Aqui é Rosicleide Judite, da Oi, e estamos ligando….
- Rosicleide, me desculpe, mas para nossa segurança, gostaria de conferir alguns dados antes de continuar a conversa, pode ser?
- Bem, pode…
- De que telefone você fala? Meu bina não identificou.
- 10331.
- Você trabalha em que área, na Oi?
- Telemarketing Pro Ativo..
- Você tem número de matrí­cula na Oi?
- Senhor, desculpe, mas não creio que essa informação seja necessária.
- Então terei que desligar, pois não posso ter segurança que falo com uma funcionária da Oi. São normas de nossa casa.
- Mas posso garantir…
- Além do mais, sempre sou obrigado a fornecer meus dados a uma legião de atendentes sempre que tento falar com a Oi.
- Ok…. Minha matrícula é 34591212.
- Só um momento enquanto verifico. (Dois minutos depois)
- Só mais um momento. (Cinco minutos depois)
- Senhor?
- Só mais um momento, por favor, nossos sistemas estão lentos hoje.
- Mas senhor…
- Pronto, Rosicleide, obrigado por ter aguardado. Qual o assunto?
- Aqui é da Oi, estamos ligando para oferecer a promoção, onde o Sr. tem direito a uma linha adicional. O senhor está interessado, Sr. Edson?
- Rosicleide, vou ter que transferir você para a minha esposa, porque é ela que decide sobre alteração e aquisição de planos de telefones.
- Por favor, não desligue, pois essa ligação é muito importante para mim. (Coloco o telefone em frente ao aparelho de som, deixo a música Festa no Apê do Latino tocando no Repeat (quem disse que um dia essa droga não iria servir para alguma coisa?), depois de tocar a porcaria toda
da música, minha mulher atende:
- Obrigado por ter aguardado… Pode me dizer seu telefone pois meu bina não identificou?
- 10331.
- Com quem estou falando, por favor.
- Rosicleide
- Rosicleide de que?
- Rosicleide Judite (já demonstrando certa irritação na voz).
- Qual sua identificação na empresa?
- 34591212 (mais irritada agora!).
- Obrigada pelas suas informações, em que posso ajudá-la?
- Aqui é da Oi, estamos ligando para oferecer a promoção, onde a Sra tem direito a uma linha adicional. A senhora está interessada?
- Vou abrir um chamado e em alguns dias entraremos em contato para dar um parecer, pode anotar o protocolo por favor…
- Alô, alô!
TUTUTUTUTU…
- Desligou… nossa que moça impaciente!

Via: largadoemguarapari

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Da Série - Brinquedinhos de adulto

Roland TD -4V...Coisa de louco...fera demais !!!!!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Detonando a aposta de Pascal...



Mas afinal o que é :" A Aposta de Pascal " ??

"Consideremos este ponto e digamos o seguinte: “Ou Deus existe ou não existe.” Mas qual das alternativas devemos escolher? A razão não pode determinar nada: existe um infinito caos a nos dividir. No ponto extremo desta distância infinita, uma moeda está sendo girada e terminará por cair como cara ou coroa. Em que você aposta? "

Blaise Pascal, Pensamentos (edição póstuma, 1844)

De acordo com Pascal, de um jeito ou de outro, todos nós jogamos dados com Deus, mesmo ele não jogando dados com o Universo.

Pascal admitiu que é impossível “provar” que Deus existe – de fato, afirmou ele, a razão humana é incapaz de provar qualquer coisa com certeza. Isso daria a pensar que Pascal era agnóstico, mas não é verdade. Afinal, para ele, a principal pergunta residia no fato se convinha a alguém acreditar na existência de Deus, e sua resposta era que você seria tolo se não acreditasse. Isso faz de Pascal um teísta, posto que ele tentou mostrar matematicamente que seria um péssimo negócio não acreditar em Deus.

A matemática que Pascal empregou trabalhava no campo das Probabilidades, que ele ajudou a inventar (ele esperava convencer especialmente seus amigos aristocráticos, que eram jogadores fanáticos). Bom, no modo de ver de Pascal, a crença ou a descrença que você possa ter em Deus implica uma aposta.

Ora, se Deus existe e a “Sagrada Escritura” são verdadeiros, sua crença vai dar-lhe (em tese) infinita felicidade após a morte. Se Deus não existe, tudo o que você teria a perder acreditando no dito cujo seriam os prazeres finitos de uma vida finita. Mesmo porque, se você acha que as chances da existência de Deus são próximas de zero – Pascal sugere que elas estão perto de 50 % – a única coisa racional que você pode fazer é jogar o jogo. E como qualquer percentagem finita do infinito tende a ser infinita também, o raciocínio mediante este conceito mostra que você deve acreditar em Deus.

Indo pelo outro lado da moeda, se você se recusar a acreditar em Deus e estiver errado, você será condenado às penas infernais, pois será um pecador. E tomando por base que as probabilidades que isso aconteça são enormes, não restaria nada mais a você do que seguir o glorioso Deus e viver feliz para sempre.

E claro que você poderia ainda resistir à razão, mas isso só aconteceria se você permitisse que suas paixões sufocassem o que você tem de melhor. De acordo com nosso amigo Pascal, os desejos podem ser controlados se você proceder como se acreditasse em Deus e participar de bons rituais cristãos. E se você se acostuma com isso, termina por descobrir que, largando seus hábitos pouco saudáveis, você fica até mesmo mais feliz que antes e isso, na visão de Pascal, é o verdadeiro pagamento da aposta. Interessante, não é mesmo?

Se você é um desavisado, o argumento de Pascal pode soar “arrumadinho”, mas devemos imaginar que ele era um grande matemático e sabia trabalhar com números infinitos, e como tal processo acaba por se tornar uma tarefa ardilosa. Pela lógica de Pascal, você seria levado à busca de qualquer promessa de felicidade infinita, religiosa ou não, como a coisa mais racional a ser feita, em caso de haver uma remota chance de sucesso. (Digamos que exista 1% de probabilidade de que a Fonte da Juventude exista; você deveria largar tudo agora e ir em busca dela).

Muito bem, para que a Aposta de Pascal funcione, você tem que tomar como certas muitas das coisas que ele quer provar – que, se Deus existe, Ele é infinito, onisciente, onipotente, e o verdadeiro autor da Bíblia. Mas, naturalmente, existe um número infinito de outras possibilidades – por exemplo, que Deus exista mas que, na realidade, não ligue muito para o comportamento das pessoas ou (o mais danoso para o argumento de Pascal) que Deus exista mas não seja realmente um ser infinito.

Ainda há o caso de que Deus exista, mas é totalmente diverso de tudo que se imaginou a respeito dele, parecendo-nos tão estranho quanto nossos pensamentos, sensações e desejos seriam a uma ameba. E ninguém (muito menos Pascal) poderia provar que uma dessas descrições de Deus seja mais acertada do que outra. Mesmo porque, ninguém andou batendo um papinho como o Todo-Poderoso nos últimos milênios, a despeito do quer o pessoal tem alegado. Alegado, mas sem provas.

Voltando ao assunto, é muitíssimo mais difícil agir com base em crenças que você não tem do que Pascal gostaria de admitir. (E supõe-se que Deus haveria de saber se você estava sendo sincero ou só jogando, afinal ele é onisciente, certo?)

No âmbito da natureza humana, prazeres certos geralmente prevalecem sobre os incertos, por mais sedutores que sejam estes últimos. No calor da paixão, possibilidades infinitas podem vir a parecer bem infinitesimais. A crença em alguém que lhe proverá de bênçãos e presentes e não sei mais o quê mostra que, no fundo, as pessoas acreditam para ter algo em troca. O que é ridículo e justifica a frase de Einstein: “Se as pessoas são boas só por temerem o castigo e almejarem uma recompensa, então realmente somos um grupo muito desprezível.”

Imaginar que devemos acreditar num Deus, apostando todas as fichas nele porque essa seria a melhor idéia mostra o quão tola e egoísta é essa mente. E mais: prova que Deus não pode ser bondoso, ao final das contas. Se eu preciso acreditar nele para ter certeza de ter uma vida plena de satisfação e bem-aventurança, com uma promessa de um pós-vida assegurado, mostra que ele (Deus) é rancoroso, mau e que não ama tanto assim seus filhos.

Afinal, ele é (em tese) onisciente e sabe de antemão qual número eu apostarei na roleta celestial.

Tão bondosos assim, só os donos de Cassino…

Via: Ceticismo.net