Estudo revela ingrediente secreto na religião que torna as pessoas mais felizes
Por Josh Rhoten
Um artigo publicado no começo do mês, na American Sociological Review,
confirma aquilo que muitos na comunidade religiosa já sabiam faz tempo:
a participação em organizações religiosas pode levar a uma vida mais
realizada.
Os
cristãos ativos (aqueles que vão regularmente à igreja) reportam que
estão mais satisfeitos com suas vidas do que aqueles que não vão
à igreja com tanta frequência.
Este
senso de satisfação vem mais das interações que os frequentadores de
igreja compartilham, do que das atividades e discussões teológicas que
ocorrem nas igrejas de fato, diz o estudo.
O artigo, intitulado Religião, Rede Social e Vida Realizada, usou dados de uma pesquisa com americanos adultos, feita em 2006 e 2007, como parte do Estudo ‘A Fé Conta’. Essa pesquisa traçou a relação entre religião e capital social nos Estados Unidos.
“Nosso
estudo oferece evidências convincentes de que são os aspectos sociais
da religião, em vez de teologia ou espiritualidade, que levam a uma vida
realizada”, diz Chaeyoon Lim, que conduziu os estudos e é professor assistente de sociologia na Universidade de Wisconsin-Madison.
“Em
particular, descobrimos que amizades feitas em congregações religiosas
são o ingrediente secreto da religião que torna as pessoas mais
felizes.”
De
acordo com o estudo, 33% das pessoas que iam semanalmente à igreja, e
que tinham de três a cinco amigos íntimos naquela congregação,
reportaram que estavam “extremamente satisfeitos” com suas vidas.
Em
comparação, somente 19% das pessoas que iam semanalmente à igreja, mas
que não tinham amigos íntimos na congregação, disseram que estavam
“extremamente satisfeitos”. Este número foi o mesmo para os que não
frequentavam igrejas, com apenas 19% desse grupo dizendo que estavam
“extremamente satisfeitos”.
Embora
o estudo tenha focado na fé cristã, Lim também notou que havia um
padrão semelhante entre outros grupos religiosos, apesar das amostras
terem sido de tamanho bem mais reduzido.
“Eu diria que a maior razão das pessoas frequentarem igrejas não é por seu pastor, mas por causa das relações que elas têm lá”, disse o Reverendo Max Janzen, pastor sênior da Igreja Batista Lado Ensolarado, em Cheyenne. “Por causa disso, eu concordaria totalmente com esse estudo, baseado na experiência que tenho na minha igreja”.
Lim disse, “Para
mim, a evidência fundamenta que não é mesmo o fato de ir a uma igreja e
ouvir sermões, ou rezar, que torna as pessoas mais felizes, mas fazer
amigos através da igreja, e construir lá uma rede social íntima”.
Lim
observou que o estudo não está dizendo que as pessoas que não
frequentam igrejas não podem levar uma vida satisfatória. Mas que os que
frequentam igrejas e têm um mesmo sistema de crenças e conexões sociais
podem ser mais felizes devido a essas conexões.
O pastor Billy Minder, da Igreja Batista Ribeirão do Prado, em Cheyenne, disse que os dados [do estudo] condizem com sua experiência em sua igreja:
“Eu
encontrei alguma informação, um tempo atrás, quando uma socióloga falou
sobre os três lugares em que as pessoas se conectam umas com as outras,
e ganham um senso de identidade e realização. Os
dois primeiros são o lar e o trabalho, e eu sempre pensei no terceiro
como sendo a igreja, onde você pode se ligar a pessoas com a mente
parecida com a sua, e ter uma sensação de pertencer àquele lugar.”
Direto do - www.deusilusao.com
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