Lucrécio e a Loira
Ah, é ela. Radiante! Não há no mundo homem que não caia o queixo quando a vê. Que curvas, que textura, que perfume! Lucrécio já pensou: “É hoje!”
Mal foi se aproximando quando a boca já encheu-se d’água e as palavras fugiram-lhe. Também, é de se entender tal reação quando se está diante dela. Capaz de deturpar a vida de qualquer um, ela consegue mais: deteriora casamentos, namoros, ficadas e afins.
Ele não resistiu e rapidamente entregou-se àquela tentação. Que prazer inenarrável sentira quando tocou-a com os lábios! Lucrécio sentia-se completo e realizado. E pediu bis! E depois mais um bis. E de novo. E de novo…
Já sentiu o corpo arrepiar-se, mas nunca com tamanha intensidade. Pensava: “Não quero mais nada da vida”! Estava completamente hipnotizado por ela, seu perfume, seu gosto…
Eis que como um trovão surge a voz feminina que ele menos gostaria de ouvir naquele exato instante - a de sua esposa:
- LUCRÉCIOOOOOO! SEU FILHO DA PUTA!
Olhos arregalados, o corpo todo tremendo como uma vara verde, gagueira imediata e a frase clichê:
- Calma querida, eu posso explicar.
Sem meias palavras, foi dali levado pela orelha restando apenas tempo para um último pedido:
- Toquin, pendura aí que eu acerto contigo mais tarde! Essa loira estava uma delícia de gelada hoje!
Bom..essa vale prá mim: só trocar a loira por uma pretinha (Coca-Cola)...agora a brabeza da muié é a mesma ( êita Raquelzinha braba,sô !!)
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