"Há mais no ateísmo do que a simples negação de uma afirmação: ele é na verdade baseado em uma atitude científica que valoriza a evidência e a razão, que rejeita afirmações baseadas somente em autoridade e que encoraja uma exploração mais profunda do mundo. Meu ateísmo não é somente uma negativa de deuses, mas é baseada em todo um conjunto de valores positivos que eu enfatizo quando falo sobre ateísmo. Aquele lance de negar a existência de Deus? É uma consequência, e não uma causa" - Myers(2011)
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
E se não houvesse Deus?
E se não houvesse um Deus?
Se não houvesse um Deus o Universo poderia existir.
Um ser perfeito não teria necessidades e nada criaria por não precisar de
complemento. Um Deus auto-suficiente, ao contrário do que se diz,
impossibilitaria a existência de qualquer outra coisa, simplesmente por ser
auto-suficiente e bastar a si próprio.
O ser humano cometeria inúmeros erros, pois não
procederia de um ser perfeito.
Haveria fome e doenças, pobreza e miséria.
Mulheres, crianças e inocentes seriam estuprados,
mutilados e mortos, sem haver quem os socorresse quando a ajuda humana
falhasse.
Haveria guerras entre os povos por não haver um
criador de toda a raça humana que a mantivesse fraternalmente unida.
A humanidade teria personalidade instável, seria
ciumenta e suscetível à tristeza, vingativa e muitas vezes malevolente. Líderes
religiosos usariam a história de um Deus que na verdade não existiria para
deliberação de assassinatos e genocídios como nos textos descritos em livros
sagrados escritos pelo próprio homem e nos registros históricos.
Se não houvesse um Deus existiriam manipuladores da
fé popular agindo livremente, adquirindo poder e riqueza em nome de um falso
Deus que, por não existir, nada faria para manter seu nome honrado.
A justiça divina e imediata não existiria, seria
apenas uma promessa vazia para um futuro distante e incerto. A justiça humana
não seria instantânea por requerer tempo de investigação; um ser onisciente,
onipotente e justo não precisa de tempo para investigar e julgar.
Se não houvesse um Deus o homem criaria um Deus
imaginário cuja farsa seria percebida porque não se comunicaria pessoalmente,
frente a frente com quem cresse nele. Precisaria de profetas, porta-voz e
pregadores, pois seria incapaz de apresentar-se a si mesmo por não existir.
Haveria milhares de religiões, milhões de deuses,
pilhas de livros sagrados, por não haver um ser capaz de guiar todos à verdade,
por não existir um único deus verdadeiro que se revelasse entre todo esse
amontoado de deuses e religiões.
Se não houvesse um Deus haveria diversas seitas
dentro de um mesmo grupo religioso, pois não haveria concordância sobre
diversos aspectos de uma mesma idéia, os grupos religiosos se fragmentariam em
subgrupos, cada um com a sua "verdade absoluta", cada um buscando sua
forma de salvação e ao mesmo tempo acreditando que qualquer um que não
acreditasse no mesmo que eles, ou tivesse apenas uma visão levemente diferente
do conceito de um deus, sofreria eternamente por sua incredulidade e sua
blasfêmia, independente de ter sido uma boa pessoa ou não, enquanto que ladrões
assassinos, pedófilos e toda a corja que pratica os mais macabros e
inescrupulosos tipos de maldade poderiam ser salvos e viver eternamente num
paraíso desde que se arrependessem e se convertessem.
Se não houvesse um Deus haveria todo o tipo de
absurdo que se pudesse imaginar. O homem inventaria um deus cheio de falhas
e duvidável. Diria que existe um deus que veio do nada (ou sempre
existiu) e de repente, mesmo sendo auto-suficiente, decidiu criar o
universo, e em toda infinidade de um universo absurdamente gigantesco e que não
para de crescer, ele optou por colocar vida apenas em um planetinha dentro de
uma das bilhões de galáxias que ele criou. Apesar de poder fazer tudo com um
"estalar de dedos" ele levou seis dias para deixar tudo pronto e,
mesmo sendo onipotente, ele descansou ao sétimo dia. Então, depois de
haver feito o homem de um punhado de barro e a mulher da costela desse homem,
ele os colocou em um jardim para que ali vivessem e, mesmo sendo onisciente e
sabendo o que aconteceria, ele colocou uma árvore da qual os dois não poderiam
comer o fruto.
Logo depois de serem enganados por uma cobra
falante, eles comeram o fruto e foram expulsos do jardim, e seus descendentes
foram condenados a uma vida de cheia de castigos por algo que eles não fizeram.
Então, depois de matar milhões e milhões de pessoas ao longo dos séculos
(incluindo mulheres, pessoas inocentes e crianças) por não agradar os seus
olhos, ele resolveu enviar ele mesmo para a Terra, para que ele fosse
sacrificado para ele mesmo, para ele mesmo perdoar os pecados da humanidade que
ele mesmo criou sabendo exatamente o que aconteceria. Por fim, depois de seu
sacrifício desnecessário e de milhares de milagres feitos durante todo esse tempo,
ele simplesmente desapareceu e nunca mais foi visto ou ouvido, e como prova
incontestável de sua existência, ele deixou de herança um livro cheio de
fantasias e contradições, onde mostra seu apoio ao machismo, escravidão e
sacrifícios em diversas de suas passagens. E quando a humanidade acaba por
fazer alguma descoberta, como os fósseis que provam a existência de dinossauros
por exemplo, tudo o que os religiosos dizem a respeito do assunto é que é só
mais uma teoria e que tudo foi plantado para testar nossa fé.
Mas ainda bem que existe um Deus e nenhuma das
barbaridades descritas acima jamais aconteceu. Já pensou se não houvesse um
Deus?
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Como se tornar Papa
Pois é gente a vaga está aberta e pra se tornar papa, em teoria, só é
preciso ser católico e seguir alguns simples passos, vamos lá?
Via: Sedentário& Hiperativo
Via: Sedentário& Hiperativo
PS4 - Revelado
O Playstation 4 agora é realidade! Pois é
pessoal, os rumores se confirmaram e o PS4 foi mesmo anunciado pela
Sony, mas ainda não veremos o design da nova geração já que a Sony
decidiu mostrar apenas o controle, a nova câmera, os recursos e o poder
gráfico da maquina. Confira todas as novidades e os jogos anunciados.
O Hardware:
Nada muito específico, O PS4 contará com um processador AMD 8-core 64 bit x86, 8 giga de memória unificada GDDR5 e uma placa gráfica Radeon capaz de gerar 1.84 TFLOPS. Além disso o console conta com unidade de Blu-Ray, Wi-fi 802.11n, Bluetooth 2.1, USB 3.0, HDMI, saída óptica e portas AV convencionais. O console terá um grande HD, mas nada do tamanho por enquanto.O Controle:
Confirmando as imagens vazadas o Dualshock 4
terá um Touchpad dianteiro, e um Led superior que funcionará em
conjunto com a nova Playstation Eye, mas nada foi mostrado sobre o
funcionamento desse led nos jogos ainda. O controle ainda conta
com, alto-falante, entrada pra fone de ouvido, botão Options que
substituirá o Select e Start e o botão share que integrará os recursos
sociais do PS4. Confira as imagens:
Os recursos:
O PS4 agora é mais social, uma das coisas interessantes é que ele tem um hardware paralelo dedicado a funções como salvar vídeos de suas partidas para compartilhamento e até mesmo possibilitar que você jogue um game enquanto ele ainda está baixando. Veja todos os recursos:
» Streaming de jogos completos de PS3, PS2, e PS1.
» Demos instantâneos, saiu uma demo nova, só escolher e jogar, não precisa fazer o download.
» O Remote play vai permitir jogar jogos de PS4 no vita.
» Possibilidade de jogar um game novo enquanto ele ainda está baixando.
» Possibilidade de assistir e transmitir partidas online com amigos.
» Possibilidade de interagir com o videogame e PSN usando seu celular ou tablet através de Apps.
» Sim, o console rodará jogos usados. \o/ (Fonte)
» Demos instantâneos, saiu uma demo nova, só escolher e jogar, não precisa fazer o download.
» O Remote play vai permitir jogar jogos de PS4 no vita.
» Possibilidade de jogar um game novo enquanto ele ainda está baixando.
» Possibilidade de assistir e transmitir partidas online com amigos.
» Possibilidade de interagir com o videogame e PSN usando seu celular ou tablet através de Apps.
» Sim, o console rodará jogos usados. \o/ (Fonte)
Os jogos do Playstation 4:
Confira os trailers dos jogos anunciados e mostrados no evento:Destiny
Watch_Dogs
Killzone: Shadow Fall
InFamous: Second Son
DriveClub
Via : www.sedentario.org/
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Ética na VIDA !!!!
A Vida em um Mundo Repleto de Imoralidade: A Ética de Estar Vivo
Nota: essa é uma tradução do texto de Aaron Swartz, publicado originalmente em seu blog em 2 de agosto de 2009. Ao final do texto, há alguns comentários meus.
Foto de Aaron Swartz na wikipédia
Eu me considerava um indivíduo
particularmente bom. Eu não matava pessoas, por exemplo. Mas aí Peter
Singer argumentou que animais são conscientes e que comê-los leva-os a
serem mortos e isso não é lá tão moralmente diferente de matar pessoas
afinal. Então, virei vegetariano.
Novamente, achava ser um bom indivíduo.
Mas aí Arianna Huffington me disse que por dirigir um carro eu estava
emitindo gases tóxicos no ar e mandando dinheiro para ditaduras em
outros países. Então, comprei uma bicicleta.
Mas aí eu percebi que o banco da minha
bicicleta era costurado por crianças em más condições de trabalho em
oficinas no exterior e sua tubulação era feita por metais extraídos da
terra por minerações que causam problemas geológicos. Na verdade,
qualquer dinheiro que eu gastasse provavelmente seria usado para oprimir
pessoas ou destruir o planeta de alguma forma. E se eu ganhasse
dinheiro, parte dele iria para o governo, que o usaria para explodir
pessoas no Afeganistão ou no Iraque.
Pensei em viver só de coisas que
encontrasse no lixo, como alguns amigos. Assim não seria responsável por
incentivar sua produção. Mas aí eu percebi que algumas pessoas compram
aquilo que não conseguem achar no lixo; se eu pegar algo do lixo antes
de alguém, essa pessoa pode decidir, então, comprar.
A solução parecia clara: Eu teria que me
desconectar e ir viver em uma caverna, colhendo nozes e frutas. Eu
provavelmente ainda estaria exalando CO2 e usando alguns produtos da
Terra, mas provavelmente somente em níveis sustentáveis.
Talvez você discorde que seja moralmente
errado matar animais ou explodir pessoas no Afeganistão. Mas,
certamente, você pode perceber que isso pode ser, ou, ao menos,
que alguém pode achar que é imoral. E acredito que seja semelhantemente
claro que comer um hambúrguer ou pagar impostos contribui — em bem
pouca parte; talvez só tenha a possibilidade de contribuir — a essas
coisas.
Mesmo que você não acredite, o cotidiano
tem um milhão de maneiras mais diretas. Pessoalmente, eu acho errado
que eu possa sentar a uma mesa e alegremente devorar uma refeição
enquanto alguém tenha que levar mais comida à minha mesa e outra pessoa
trabalhe sem parar ao fogão. Cada vez que eu peço comida, eu os faço
trabalhar mais para mim. (Talvez eles recebam dinheiro em troca, mas,
certamente, eles prefeririam que eu só desse o dinheiro para eles).
Novamente, você pode achar que não há nada de errado nisso, mas espero
que você possa aceitar a possibilidade. E isso é, obviamente, minha
culpa.
Na caverna, eu pensei que estaria a salvo. Mas aí eu li o último livro de Peter Singer.
Ele argumenta que com poucos centavos, você pode salvar a vida de uma
criança. (E.g., por 27 centavos de dólar estadunidense você pode comprar
os sais de reidratação oral que salvarão uma criança de
uma diarreia fatal). Talvez eu estivesse matando pessoas afinal.
Eu não poderia ganhar dinheiro sem ser
imoral, pelos motivos descritos acima. (Apesar de que talvez valha a
pena ajudar a financiar o bombardeio de crianças no Afeganistão para
ajudar a salvar crianças no Moçambique). Mas em vez de viver em uma
caverna, eu poderia ir à África trabalhar como voluntário.
Claro, se eu fizer isso há outras mil
coisas que não estarei fazendo. Como posso decidir qual ação salvará
mais vidas? Mesmo que eu tome o tempo para descobrir, esse será tempo
gasto em mim, e não salvando vidas.
Parece ser impossível ser moral. Não só
tudo o que eu faço causa grande dano, mas tudo o que eu não faço também.
Considerações comuns de moralidade são difíceis, mas atingíveis: não
minta, não trapaceie, não roube. Mas parece que viver uma vida moral nem
sequer seja possível.
Mas se moralidade é inatingível,
certamente eu deveria simplesmente fazer o melhor que posso. (Para que
haja um dever, deve haver a possibilidade de realizá-lo, afinal). Peter
Singer é um bom utilitário, então talvez eu devesse tentar maximizar o
bem que eu faço ao mundo. Mas mesmo isso parece um modelo incrivelmente
oneroso. Eu devo parar de comer não só carne, mas produtos animais em
geral. Eu não devo parar de comprar alimentos produzidos em fábricas, eu
devo para de comprar completamente. Eu devo pegar das lixeiras aquilo
que outras pessoas provavelmente não vão procurar. Eu devo viver onde
outros não vão se perturbar.
Claro, toda essa preocupação e estresse
está me impedindo de fazer qualquer bem ao mundo. Eu mal posso dar um
passo sem pensar a quem isso machuca. Então eu decidi não me importar
com o mal que eu posso estar causando e apenas me focar em fazer o bem
– danem-se as regras.
Mas isso não se aplica as regras
inspiradas por Peter Singer. Esperar na fila do mercado me impede de
usar esse tempo com trabalho que salvaria vidas (e pagar vai me custar
dinheiro que salvaria vidas) — melhor roubar. Mentir, trapacear,
qualquer crime pode ser semelhantemente justificado.
Parece paradoxal: em minha busca de
fazer o bem, eu justifiquei todo tipo de mal. Ninguém me questionava
quando eu pedia um bife suculento, mas quando eu roubo refrigerante
todos recuam. Há sentido em seguir as regras deles ou elas são só outro
exemplo da imoralidade do mundo? Algum filósofo já considerou essa
questão?
Meus comentários:
A Ética do Crime
O final desse texto de Swartz traz a
questão da moralidade de seguir as regras (leis, em especial). Há quem
argumente que, vivendo em uma democracia representativa, como a nossa,
temos o dever ético de seguir as leis criadas por nossos representantes
no poder legislativo, e qualquer quebra da lei é, então, imoral (estou
usando “ética” e “moral” como sinônimos aqui). Swartz, pelo jeito, não
concordava com isso — discordância essa que pode ter o levado a morte.
Não acredito que qualquer violação da
lei seja imoral. Acredito que nosso sistema de democracia indireta seja o
ideal, mas, certamente, não é perfeito (no sentido de que tudo que não é
permitido seja imoral), e mesmo que o fosse, alguma violação de uma
lei, em algum caso específico, poderia não ser imoral (os legisladores
não podem prever todas as possibilidades de casos em que uma determinada
ação pode ser tomada).
Entretanto, há o problema de saber o que
realmente é imoral. Eu, pessoalmente, não acho que seja imoral baixar e
distribuir artigos científicos ilegalmente — o bem feito por essa ação
(conhecimento disponível a quem de outra forma não o teria, incluindo
professores, médicos, cientistas que, assim, podem o usar para gerar
maiores benefícios à sociedade; ou mesmo como forma de protesto contra o
absurdo sistema atual de publicação)
parece ser muito maior do que o mal (um prejuízo imperceptível — isso
se existente — a algumas empresas). Mas como posso eu julgar que isso
realmente não seja imoral? Como posso ter certeza de que minha
capacidade de discernir entre moral e imoral é suficiente para que a
violação de leis criadas por meus representantes seja justificada? De
qualquer forma, não acho que seja imoral simplesmente por ser ilegal.
Há sentido em seguir as regras deles ou
elas são só outro exemplo da imoralidade do mundo? pergunta Swartz.
Quando pedimos o bife suculento, por horríveis que sejam as
consequências desse ato, não somos questionados, diferentemente de
alguém que rouba uma lata de refrigerante por não querer financiar
guerras. Não acho que nós deixamos toda a nossa base moral própria de
lado e consideramos tudo o que não é crime como moral e tudo o que é
crime como imoral. (Imagino que a maioria das pessoas consideraria o ato
de baixar ilegalmente um episódio de Game of Thrones eticamente
superior ao de passar por uma criança que está se afogando e escolher
não ajudá-la, independente do que diz a legislação sobre esses atos).
Mas o que acontece é que baseamos muito nossa moral nos costumes (em
alguns lugares do mundo, apedrejar uma mulher que fugiu do marido que a
espancava — o que é um direito legal dele — é um ato bem visto por boa
parte da população). Sempre comemos carne, então nem sequer pensamos
sobre as consequências desse ato; sempre achamos que roubar é sempre
errado, então, também não ponderamos as motivações do crime.
A Base Filosófica Ideal Para a Ética
Esse pensamento de Aaron Swartz segue o
modelo de ética consequencialista, segundo o qual a ação eticamente
superior a ser tomada é sempre aquela que maximiza a felicidade e
minimiza o sofrimento. E esses aparentes paradoxos, como o citado por
Swartz, são bastante apontados por críticos desse modelo filosófico. Há o
exemplo clássico: seguindo o consequencialismo, deve ser ético matar
uma pessoa saudável para que seus órgãos sejam usados para salvar outras
cinco vidas.
Em contraposição ao consequencialismo,
há a ética deontológica, segundo a qual, o que é moralmente certo ou
errado depende de regras estabelecidas. Nesse caso, temos o problema de
descobrir quais regras devem ser estabelecidas.
A meu ver, nenhum dos sistemas parece
funcionar muito bem, mas uma junção dos dois pode ter bons resultados.
Uma base consequencialista, mas com regras para remediar seus problemas
talvez. Essa abordagem deve ajudar quem busca viver da maneira mais
ética possível a contornar esses problemas encontrados por Swartz.
A Ética do Consumo
As reflexões que me causaram esse texto
me fizeram ver com mais clareza uma questão que frequentemente vejo ser
levantada: o consumo de carne pode ser eticamente justificado? A
resposta mais óbvia (e, acredito, correta) é não; o consumo de carne não
pode ser moralmente justificado. Mas a escolha de não ir morar em uma
caverna sobrevivendo de colheitas ou de não ir à África trabalhar como
voluntário também não. A diferença está na dificuldade dessas ações e no
quanto elas interferem em nosso cotidiano.
Se eu estou disposto a diminuir meu
consumo de carne e buscar comprar carne de empresas que têm preocupações
éticas, mas não deixar de comer carne, eu tenho, nesse sentido, um
nível de ética superior ao daquele que não se importa em comer muita
carne e com a procedência da carne que come, e inferior ao daquele que
escolheu, por motivos éticos, não comer carne. Do mesmo modo, aquele que
não come carne, mas come outros alimentos de origem animal ou faz uso
de aparelhos eletrônicos (cujas peças são, em boa parte, manufaturadas
por trabalho semi-escravo) tem um nível de ética inferior ao daquele que
deixa de comer todo tipo de alimento de origem animal e abre mão do uso
de qualquer aparelho eletrônico. (Acredito que o uso de aparelhos
eletrônicos possa ser justificado pela fácil transmissão de conhecimento
e informações que podem ser usadas para benefício da sociedade — pode
valer a pena financiar trabalho semi-escravo na China para ajudar outras
pessoas em outras partes do mundo. Mas para que seja justificado, o uso
desses aparelhos deve realmente gerar um benefício maior do que o
malefício do trabalho semi-escravo que ele causa — ou seja, o uso só por
comodidade do usuário (compartilhar links e fotos no Facebook ou
assistir a séries de TV) não é justificado).
A escolha de comer ou não carne só nos coloca em um nível diferente de ética de consumo.
Renan Bohrer
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
No ultimo dia 3 de fevereiro o pastor e stand up Silas Malafaia participou do programa “De frente com Gabi”
e em pouco tempo sua entrevista ja estava sendo discutida por toda a
internet. Nela, Silas Mala Falha, fala muuuito sobre genética e pq os
homossexuais seriam homossexuais graças ao comportamento…. enfim….. um geneticista resolveu responder, ou melhor, acabar com todas as bases dele uma a uma. O resultado? Veja você mesmo:
domingo, 3 de fevereiro de 2013
sábado, 2 de fevereiro de 2013
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